26/09 às
16h33 - Atualizada em 26/09 às 16h35
(fonte):JORNAL DO BRASIL
(fonte):JORNAL DO BRASIL
Hospital do Rio passa a
fazer implante de marca-passo diafragmático
A rede pública de saúde do Rio passou a contar com um novo
recurso no atendimento a pacientes com dificuldade respiratória: a criação de
um núcleo especializado em procedimentos de implantação de marca-passo
diafragmático. Ele fica no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila
Isabel, zona norte da capital fluminense. O implante foi realizado em três
pacientes internados há meses, respirando com ajuda de aparelhos. A operação
foi feita por uma equipe neurocirúrgica treinada nos Estados Unidos para lidar
com estes casos.
O marca-passo é implantado no diafragma para estimular o
nervo frênico, responsável por manter o diafragma funcionando. A Secretaria
Estadual de Saúde adquiriu seis aparelhos. De acordo com o coordenador da
Superintendência de Atenção Especializada, Controle e Avaliação da Secretaria
de Estado de Saúde, Flávio Martins, o que encarece a cirurgia é o aparelho,
que custa entre R$ 500 mil a R$ 1 milhão.
"Não fizemos a cirurgia antes porque o custo do
marca-passo é muito alto. Assim que ficamos sabendo dos pedidos administrativos
na secretaria, vimos que nós tínhamos capacidade de realizar o procedimento, só
precisávamos do equipamento. O secretário de Saúde entendeu que era melhor comprar o equipamento porque nós
tínhamos hospital e equipe capacitados", explicou.
Uma equipe neurocirúrgica avalia as condições do paciente, se
de fato o marca-passo o beneficiará no dia a dia, melhorando a qualidade de
vida. Geralmente, a cirurgia é indicada a pacientes que tenham, por algum
motivo, comprometimento neurológico, seja por algum problema genético, como
síndrome de Ondine, caso da menina Manuela Faustine, de sete anos, que desde um
mês de vida apresenta dificuldades na respiração ao dormir, chegando a ficar
seis meses internada em uma unidade de tratamento intensivo.
O pai de Manuela, Nilson Faustino, disse que
quando chegaram ao diagnóstico da síndrome de Ondine, pesquisaram sobre o
assunto até que descobriram o marca-passo diafragmático. Na época, apenas um
médico no Brasil realizava a cirurgia. A família resolveu entrar com um pedido
administrativo na Secretaria Estadual de Saúde, solicitando a compra do
aparelho. "Ela é uma menina que acordada fazia suas atividades
normalmente, mas ao dormir parava de respirar. Depois de um tempo chegamos ao
diagnóstico da síndrome e para melhorar a qualidade de vida dela, montamos a
estrutura que ela precisava em casa".
Segundo Flávio Martins,
não existe tratamento para este tipo de caso e a secretaria entendeu ser
necessário a compra dos aparelhos para melhorar as condições de vida das
pessoas que precisam de respiradores. "Os três casos que fizemos tinham o
mesmo perfil. Os pacientes estavam hospitalizados há muito tempo por conta da
necessidade de respiração artificial. Para este tipo de paciente existem dois
caminhos: ou ficar permanentemente no hospital, por ter que estar sempre ligado
ao respirador, ou ficar em casa na dependência de um home
care, quando um respirador tem que ser montado em casa", afirmou.
Dr.
Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-1/7221-LFT
alexandre.fisio1973@gmail.com
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